Eventos Académicos, XVI Congreso de la Asociación Latinoamericana de Estudios Germanísticos

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A permanência da tragédia no romance moderno: o caso O Castelo de Franz Kafka Aquí va el título de la ponencia
Marcos F.C. Rocha

Última modificación: 2019-09-24

Resumen


O objetivo primeiro deste trabalho é o de investigar a possibilidade da presença ou da continuação da existência da tragédia, seja ela da Antiguidade ou de outras épocas, no romance.  Para tanto, é necessário que se conheça com profundidade quais são as características de cada um desses gêneros literários. Além disso, é preciso que haja uma suspeita de que isto possa acontecer a partir do momento em que se desconfia da Modernidade como projeto em processo. Os últimos séculos já deram provas em número suficiente de que os tempos em que vivemos podem ser caracterizados como essencialmente trágicos ou pelo menos potencialmente trágicos.  A série de desafios impostos tanto ás populações quanto aos indivíduos coloca-os permanentemente diante de quadros hostis, de ameaças constantes á existência ou á identidade. O grau de violência contra a humanidade geralmente visando seus grupos mais frágeis atinge, a cada dia, níveis sempre mais elevados e põe em dúvida as políticas praticadas por governos de todo tipo e que subtraem, aos poucos, garantias de vida digna as quais foram desde o Iluminismo duramente conquistadas pelas diversas civilizações. Este estado de abusos cotidianos põe em cheque também a honra de cada homem que se vê permanentemente ameaçado em sua condição de cidadão e de ser humano. Este imenso desconforto evoca naturalmente textos trágicos produzidos há muitos séculos, seja na Grécia antiga, na Inglaterra elizabethana ou na França dos 1600, cujos heróis encenam justamente essa atitude de enfrentamento e de não conformação que tão bem os caracteriza. Nossa hipótese é de que o romance como gênero literário já há muito dominante tenha podido em alguns aspectos substituir ou incorporar elementos da tragédia mantendo parte de seu vigor e de sua índole combativa. A fim de podermos comprovar essa hipótese fomos buscar em alguns romances da literatura alemã dos séculos XIX e XX, títulos que prometessem uma pesquisa gratificante nos quais nossas suspeitas achassem terreno fértil. Para a apresentação de uma comunicação no XVI Congresso da Associação Latinoamericana de Estudos Germanísticos – ALEG, realizado em Buenos Aires em fins de novembro de 2017, escolhemos como objeto de estudo o livro O Castelo, de Franz Kafka (2008) e nele, de fato, pudemos encontrar rico material que tivemos de organizar para uma rápida exposição dos resultados de nossa pesquisa

Palabras clave


Tragédia; Romance; Literatura Alemã; Modernidade; Pós-Modernidade

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