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O presente texto trata da obra Fama: um romance em nove histórias, do escritor alemão Daniel Kehlmann, e é parte de minha pesquisa no curso de doutorado em Letras na UFRGS. O romance configura-se em várias histórias que se entrelaçam. Nesse, enfatiza-se a personagem Maria Rubinstein, uma escritora que viaja ao oriente para participar de conferências no lugar do escritor Leo Richter. Uma série de mal-entendidos resulta no anonimato dela. No início não a reconhecem como escritora, nem como cidadã alemã. Com o passar do tempo, a própria Maria não mais se reconhece. Isso desencadeou um estudo sobre o reconhecimento. Dentre os pressupostos teóricos, estuda-se Ricoeur (2006), tratando do percurso do reconhecimento, Honneth (2009), sublinhando a luta por reconhecimento. No decorrer da análise, é possível observar o quanto as relações humanas são frágeis, e que o anonimato e o sucesso são condições efêmeras. Assim sendo, a exemplo da personagem Maria Rubinstein, percebe-se que a luta pelo reconhecimento é uma força moral do indivíduo e esse percurso envolve o reconhecer-se a si e o relacionamento intersubjetivo

Fama; Daniel Kehlmann; Reconhecimento