Última modificación: 2018-01-27
Resumen
Versos narrados, narrativas ritmadas, palavras grifadas e gritadas trazem à baila a necessidade de se observar como a violência urbana tem sido representada em algumas formas de arte contemporânea. A partir de um olhar comparativo, sustentado nas proposições críticas do contemporâneo de Beatriz Resende, Regina Dalcastagnè e Karl Erik Schøllhammer, e de Yves Michaud, sobre a violência, move-nos a tentativa de compreender a atual produção literária/artística brasileira. A hipótese é de que esta, representada em alguns nomes, atue como discurso de resistência ante a banalização, barbárie e espetacularização que uma violência crescente impõe. Esta análise parte de textos extraídos de Passaporte, de Fernando Bonassi, Contos Negreiros, de Marcelino Freire, e do álbum Nó na Orelha do cantor Criolo e de algumas frases grafitadas ou pichadas nas ruas dos grandes centros urbanos que ilustram um cartão postal que não traz palavras de saudade ou ansiedade de se estar num país distante. O país é o Brasil, o momento é o agora e a temática é a violência urbana.