Eventos Académicos, VI Congreso Internacional de Letras

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O francês como língua de ritmo silábico: um estudo de suas características
Eliane Galastri

Última modificación: 2018-01-27

Resumen


Muito se tem escrito a respeito do ritmo das linguas. Alguns acham que as linguas sao divididas em apenas dois grupos, devido as restricoes do processo aerodinamico, produzindo as silabas com suas caracteristicas de duracao e de tonicidade (Pike, 1945; Abercrombie, 1967. p. 24-25; Catford, 1977; Halliday, 1970; Cagliari, 2007; Halliday and Greaves, 2008). Outros acreditam que e possivel medir o ritmo por meio de algoritmos que controlam a variacao duracional das silabas nos enunciados, medidas com exatidao, atraves de analises computacionais de espectrogramas dos sons da fala, cujos resultados mostram tendencias ritmicas, processadas estatisticamente, gerando dai varios tipos de lingua quanto ao ritmo, e nao apenas dois. A discussao sobre os tipos de ritmos das linguas e uma das questoes mais polemicas da historia da Fonetica (Cagliari, 2012). Por muito tempo, a nocao de ritmo foi confundida com velocidade de fala. Por outro lado, alguns foneticistas chegaram a acreditar que nao existiam linguas de ritmo silabico. Mas poucos duvidaram da nao existencia de linguas de ritmo acentual, como o ingles. Segundo Cagliari (2012), isso ocorreu debido a uma falha em analisar e em descrever adequadamente a prosodia das linguas. Por exemplo, nao se encontram trabalhos que levem em consideracao o andamento ritmico que, comumente, e confundido com velocidade de fala. Outro problema comecou com os estudos acusticos de facil acesso (tipo Praat), cujos resultados apresentaram outras realidades, contraditorias ao que se tinha estabelecido antes atraves das analises auditivas. Como consequencia dessas metodologias instrumentais, a definicao de lingua de ritmo silabico acabou sendo mal formulada. O presente estudo tem como prioridade investigar as caracteristicas de ritmo da lingua francesa, que ja foi considerada uma lingua de ritmo silabico por alguns foneticistas (Abercrombie, 1965). Alem disso, o trabalho visa a estabelecer uma descricao prosodica do ritmo. O fenomeno e estudado, primeiramente, a partir da percepcao auditiva dos dados coletados. Em seguida, e feita a analise acustica desses dados, por meio das ferramentas do Praat, levando em consideracao a duracao dos segmentos e das silabas, a entoacao, a intensidade e os formantes.


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