Eventos Académicos, IX Jornadas de Creación y crítica literarias

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HISTÓRIA E LITERATURA: COMPOSIÇÃO DOS FATOS HISTÓRICOS EM O SENHOR PRESIDENTE DE MIGUEL ÁNGEL ASTURIAS
Thiago Araújo Lira, Anderson Claytom Ferreira Brettas

Última modificación: 2024-04-01

Resumen


O trabalho busca compreender a relação entre o sentido histórico da obra literária, desenvolvida por Miguel Ángel Asturias, no qual o romance se estrutura sua narrativa, como uma alegoria política que oferece uma visão sombria e penetrante da natureza dos regimes autoritários. Assim, o romance histórico O Senhor Presidente, serviu de base para a nossa análise comparativa entre a relação existente entre História e Literatura, compondo desde os fatos sociais até os elementos que ajudam a compreender os períodos históricos e os fatos históricos, utilizados de base na construção de uma narrativa ficcional. Utilizamos da metodologia de análise bibliográfica, fazendo uma comparação entre os trabalhos desenvolvidos em torno da temática e da compreensão dos fatos históricos, sendo respeitado o sentido literário da obra, juntamente com o sentido social da composição da memória. O objetivo do trabalho é compreender a narrativa literária de Asturias, em que medida a atmosfera de medo e suspeita, que permeia nas linhas ficcionais, reflete a experiência vívida de muitas pessoas sob regimes ditatoriais reais. A maneira como as pessoas são vigiadas, delatadas por seus vizinhos e submetidas a interrogatórios brutais ressoa com a repressão da liberdade de expressão e o ambiente de terror que frequentemente caracteriza os governos totalitários na América Latina. Além disso, a corrupção e a impunidade são temas recorrentes na narrativa de Asturias, refletindo os problemas sociais e políticos que muitos países latino-americanos enfrentaram na época e que compõem nossa análise. Portanto, analisar o discurso histórico nas obras literárias de Miguel Ángel Asturias (1993), refere-se buscar a historicidade na literatura, conforme o que é proposto por François Hartog (2013) , assim, como, a memória para a construção de narrativas históricas, não legitima o caráter identitário de toda a sociedade, afastam também dos conflitos de memória, como afirma Michael Pollak  (1989), o silenciamento conflitivo de disputa entre a memória oficial ou nacional.

Palabras clave


História e Literatura; Fatos Históricos; Romance Histórico.

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