Este trabalho objetiva contribuir para o debate sobre a multidimensionalidade das representações construídas acerca das mulheres universitárias. Para tanto, nosso foco está nas estratégias engendradas por um grupo de estudantes de uma universidade federal da cidade do Rio de Janeiro para fomentar o debate sobre a aquisição de um espaço para seus filhos e filhas. A percepção do problema nasce através da observação realizada a partir das diferentes disciplinas cursadas e as narrativas construídas nos espaços intervalares do Centro de Ciências Humanas onde se localiza a Escola de Educação. Chamou nossa atenção os processos que envolveram a comunidade universitária e provocou outras indagações sobre os sentidos da carreira acadêmica para esse segmento. Ao localizarmos a experiência, é mister apontar que trata-se de uma unidade de formação de professores de grande expressão, uma vez que, a Escola de Educação da UNIRIO recebe os estudantes de todas as licenciaturas. Relatar algumas das estratégias de um grupo de estudantes, como isso envolveu a comunidade da escola de educação e que sentido isso tem para uma escola de formação de professores sabendo-se que estas estratégias se tornaram uma agenda em assembleias da comunidade acadêmica que aderiu uma greve e desdobramentos, como o movimento “Ocupinha”.