Eventos Académicos, IV CONGRESO INTERNACIONAL ARTES EN CRUCE: CONSTELACIONES DE SENTIDO

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Interrelações conceituais e estéticas entre educação e literatura: o caráter vivaz e imprevisível da obra artística
Alex Sander da Silva

Última modificación: 2018-06-30

Resumen


Adorno, em sua Teoria estética (1992), procurou compreender o movimento de constituição e desdobramento da arte a partir de vínculos contraditórios entre diversos pólos: o indivíduo e a sociedade, a arte e a cultura de massa, forma e conteúdo, o belo artístico e o belo natural, entre outros. O conteúdo da arte mantém uma instância inalcançável para a racionalidade instrumental. Nesses termos, a chave interpretativa adorniana encontra-se no conceito de mimeses, cuja diretriz é mais que mera imitação ou ajuste do pensamento a um modelo de racionalidade. Em Adorno, a experiência estética reside na exposição do sujeito à própria experiência mimética. Os momentos da mimeses não se reduzem a cópias ou a imitação, mas regresso do irracional como racionalidade completa. Nesse sentido, uma questão que colocamos: Em que sentido pode-se associar a questão da expressividade estética em Adorno ao conceito de mimeses? E qual sua potencialidade para novos sentidos das interrelações formativas contemporâneas? Trata-se aqui, em primeiro lugar, de reconstituir o modo como Adorno, em sua Teoria estética, concebe a dialética das obras de arte através do conceito de mimeses. A seguir, indicar a noção de expressividade estética como condição necessária e potencial ao caráter expressivo da racionalidade, e mostrar como a linguagem da obra de arte pode proporcionar uma recuperação do potencial formativo dos processos educacionais através da literatura. Nesses termos, pretende-se indicar que o sentido da educação emerge através da consideração do caráter expressivo das obras de arte como experiência formativa. Nesta questão parece existir um amplo aceite entre os estudiosos e críticos do pensador frankfurtiano. É possível ler a obra Teoria estética (1992), de Adorno como fuga ao pesadelo da história, usando a estética como esconderijo e uma trincheira menos ameaçadora ao conceito.

Palabras clave


estética; educação; literatura-mimeses

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