Eventos Académicos, VI Congreso Internacional de Letras

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A violência em Todos contra D@ante (2008), de Luis Dill: letramento literário pela Sequência Expandida de leitura
Vanderléia da Silva Oliveira

Última modificación: 2018-01-27

Resumen


Todos contra D@nte (2008), de Luis Dill, introduz o leitor a uma realidade brutal, marcada pela violência física, psicológica e social, ambientada num cenário urbano e escolar, tendo como protagonistas jovens pertencentes à classe social mais favorecida em contraponto a um personagem marcadamente pertencente a um padrão social diferente. Tal narrativa compõe um rol de obras analisadas no contexto do projeto de pesquisa financiado pela Fundação Araucária, do Paraná, intitulado “A representação da violência na literatura brasileira contemporânea”, que tem como objetivo verificar a representação da violência na produção literária brasileira contemporânea, compreendendo o período 1990-2010, de forma a apontar questões sociais complexas que constituem o perfil dos leitores atuais. Aqui, apresenta-se uma proposta de leitura da referida obra em sala de aula tendo como base a sequência didática de leitura literária denominada por Cosson (2007) de “Sequência Expandida”. Entende-se, a partir do conceito de letramento literário, que ela abrange também a problemática de que o aluno precisa compreender aquilo que lê, dando uma finalidade ao que lê, a fim de que a leitura não seja vazia de significados. Considera-se ainda, para a proposição desta sequência didática de leitura, o fato de que a temática da violência, apresentada como elemento interno e estrutural da obra, faz com que a narrativa de Todos Contra D@nte possa ser inserida na categoria de texto voltado para certo público juvenil, levando em conta o processo de escrita híbrida utilizada pelo autor, que toma vários narradores como voz discursiva, revelando diferentes matizes sob o tema. Sob este aspecto, defende-se, portanto, a concepção de que a literatura, ao chamar atenção para temas relacionados à violência e à morte, pode contribuir para a construção da subjetividade, o desenvolvimento de uma identidade coletiva, bem como o enriquecimento do imaginário e a percepção da alteridade.


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