Eventos Académicos, VI Congreso Internacional de Letras

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Como fraturamos o imaginário do Brasil-nação
Fabiana De Pinho

Última modificación: 2018-01-27

Resumen


A experiência urbana e a produção de imaginários estariam diretamente ligadas a múltiplas culturas, a diferentes modos de sentir as cidades e a representações que fazemos delas. É neste cenário construído para discussões sobre imaginários urbanos e, consequentemente, sobre identidade e cultura, que inscrevo a necessidade de compreender como a Literatura Brasileira contemporânea representa o Brasil, isto é, como imagina o Brasil. Parto da observação de que boa parte das narrativas atuais brasileiras abriu mão de representá-lo como lugar hegemônico de construção de um projeto identitário de nação. Parece-nos que existe uma tentativa de não só ressignificar as heranças literárias construídas nos projetos do nosso passado literário, mas também de fraturar um imaginário hegemônico, ora construído pela literatura, sobre o que seria a identidade brasileira. Tomarei como caminho de reflexão o romance Heranças, de Silviano Santiago, na perspectiva de que ele poderia ser considerado como um lugar teórico para discutir como alguns narrares contemporâneos brasileiros ressignificam a questão da nação ora imaginada pedagogicamente (BHABHA), em um tempo homogêneo e vazio(ANDERSON, 2008), inclusive por autores do Romantismo brasileiro. Para este trabalho, ancorar-me-ei prioritariamente em teóricos que dialoguem com os reflexões propostas pelos estudos culturais e pós-coloniais e\ou que apontem para aspectos das noções de identidade brasileira.


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