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Tutankhamon, mas não só… A Egiptomania no Portugal dos anos 20 do Século XX
Última modificación: 2022-11-07
Resumen
Em 2006, iniciámos o Projecto de Investigação, na área da recepção do antigo Egipto,Tutankhamon em Portugal. Relatos na Imprensa Portuguesa (1922-1939), com o objectivo deidentificar, recolher e analisar as notícias publicadas pela imprensa portuguesa sobre a descobertae escavação do túmulo do faraó Tutankhamon. Esta investigação permitiu não só percepcionar aamplitude da cobertura mediática desta descoberta arqueológica em Portugal, como tambémperceber outros impactos que a mesma teve ao nível da Egiptomania, por influência ou inspiraçãoda sua variante da Tutmania. Nesta comunicação iremos partilhar três exemplos: um livro, umpoema e a decoração de interiores de um café.Em Agosto de 1923, a poetisa Florbela Espanca, uma autora conhecida e reconhecida em Portugal,escreveu um poema, publicado numa revista da comunidade portuguesa no Brasil, intitulado “AModa”. Este poema, muito diferente do registo habitual de Florbela, revela que também elaestava consciente e era inspirada pela descoberta do túmulo de Tutankhamon. Na mesma altura, F. Rio de Carvalho Henriques, um escritor português desconhecido, terminava a sua obra “A Profecia ou o mistério da morte de Tut-Ank-Amon”, publicada meses mais tarde, no início de 1924. Tal atraso não impediu, contudo, que seja o terceiro livro, publicado mundialmente, inspirado pelaentão recente descoberta arqueológica. Em Dezembro de 1925, foi inaugurado em Guimarães,uma cidade no Norte do país, o “Café Oriental”, cuja decoração, da autoria de Luiz Augusto dePina Guimarães, em nada se relaciona com Tutankhamon, mas em tudo revela um interesse, umgosto, pelo antigo Egipto patente nas pinturas das paredes e no mobiliário.
Palabras clave
Tutankhamon; Imprensa; Egiptomania; Tutmania
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