Este artigo discute brevemente a situação e os direitos dos jovens privados de liberdade no Brasil, bem como os desafios para a legitimação do direito à educação nas prisões. Para tanto, lança mão de duas bases: a primeira, que diz respeito à análise de dados disponibilizados on-line acerca da população carcerária no Brasil, até o ano de 2011; e a segunda, abordando pesquisa realizada pela Linha de Políticas Públicas do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO, em que se realiza uma análise das demandas apresentadas na II Conferência Nacional de Juventude, ocorrida em Brasília, em dezembro de 2011, dentre as quais estão contempladas àquelas relativas aos jovens em conflito com a lei. As trajetórias educacionais dos jovens apenados, cotejadas com seu potencial conjunto de demandas em educação, explicitam o imenso desafio de integrar ações e construir um novo olhar sobre esses atores, na condição de jovens sujeitos de direitos. Nesse contexto, distintas configurações de políticas vêm buscando estabelecer, por um lado, uma nova geração de programas de apoio e, por outro, a necessidade de se responder às demandas desses sujeitos, trazendo-os à condição de interlocutores nas decisões que lhes dizem respeito, a fim de romper a invisibilidade a que vêm sendo historicamente submetidos.