Eventos Académicos, II Jornadas Internacionales "Sociedades Contemporáneas, Subjetividad y Educación"

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Mulheres e processos civilizadores: uma análise das relações de gênero a partir da história da missionária e educadora Marta Wats
Lilian Sarat de Oliveira

Última modificación: 2018-01-17

Resumen


O artigo tem por objetivo refletir sobre o papel da mulher nos espaços públicos, tendo em vista as disputas de poder existentes nas relações de gênero, estabelecidas entre os sexos. O recorte histórico para a pesquisa é o Brasil oitocentista, quando há uma inserção de mulheres estrangeiras que trazem em suas bagagens a vivência das lutas por igualdade de direitos civis nos Estados Unidos e Europa. A personagem principal da pesquisa é a missionária e educadora Martha Watts, que aporta no Rio de Janeiro nos idos de 1881 para abrir escolas especificamente para moças, num contexto de grande invisibilidade da mulher nos espaços escolares, contribuindo assim para tencionar a lógica patriarcal que legava à mulher apenas o espaço casa/quintal. Na perspectiva de longa duração, a educação atrelada à religião desempenhou papel importante na compreensão desta tensão à medida que, abriu espaço para a educação da mulher, inserindo-a no espaço público ainda que como mãe civilizadora, tendo no magistério a extensão do espaço privado, onde o seu papel ainda conforma-se com a lógica patriarcal do cuidado maternal.


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