Última modificación: 2018-01-16
Resumen
A evasão escolar é uma realidade nas escolas de Educação Básica constituindo-se em assunto de pesquisa e discussão no meio acadêmico. Nesse trabalho discutiremos essa problemática a partir das ações realizadas durante o período de 1 ano e meio, em uma escola de Educação Básica – que inclui tanto os níveis de ensino fundamental como o de ensino médio para a faixa etária regular e também jovens e adultos, no parque Mambucaba em Angra dos Reis, com o objetivo de enfrentar esse problema. Para isso realizamos um levantamento das principais dificuldades atribuídas pelos alunos em relação ao ensino da escola. Entre as dificuldades identificadas, a mais critica apontada pela maioria dos alunos ouvidos foi à forma pela qual os professores apresentam o conteúdo, que eles, alunos, consideram ser de difícil compreensão. Motivado por esse levantamento o corpo docente da escola resolveu enfrentar esse problema por meio de atividades de formação continuada. No entanto, essa dinâmica fez emergir uma dificuldade na realidade do professor que é a disponibilidade para se locomover entre as escolas, onde leciona, e os eventuais locais que possam oferecer tal formação. Essa dificuldade fez surgir à possibilidade de que a própria escola se constituísse em um fórum para as discussões pertinentes ao enfrentamento da evasão escolar. O que a principio foge dos padrões, daquilo que se entende por formação continuada, ou seja, alguém ou um grupo legitimado pela academia norteando as discussões e ações dos professores. Entretanto a comunidade de docentes da escola sentiu-se preparada para ser ela mesma o agente mobilizador dessas atividades. Descrevemos nesse trabalho as ações realizadas em torno dessa ideia e as mudanças observadas na unidade escolar.