Eventos Académicos, II Jornadas Internacionales "Sociedades Contemporáneas, Subjetividad y Educación"

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Violências e percepções: a escola como local privilegiado.
Ademir Gebara

Última modificación: 2018-01-16

Resumen


Tão importante quanto os atos de violência é a percepção da violência, parece óbvio que infanticídio é uma violência, contudo, já foi considerado algo ‘normal’. Para uma criança educada em ambiente familiar, ou participando de um grupo social, onde castigos corporais, intimidação, brutalidade são componentes do dia a dia, é difícil para ela identificar, quando em convivência com outros grupos sociais, nas escolas por exemplo, que estes mesmos atos possam ser vistos com repulsa. Sendo a escola a primeira instituição que permite à criança confrontar outros padrões de valores, para além de sua educação inicial exclusivamente familiar, ela é um espaço democratizador e socializador de condutas diferenciadas provenientes de diferentes núcleos familiares e grupos sociais. Neste sentido as violências escolares devem ser matizadas em sua complexidade e diferenciação, embora vítimas mais imediatos da violência, são os profissionais de educação que permitem e possibilitam este confronto de ‘culturas’, permitindo à criança identificar violências até então incorporadas ao cotidiano, e, frequentemente compreendidas como normais. Inspirado na teoria dos Processos Civilizadores, por isso mesmo tratando do violência em uma perspectiva de longa duração, a chamada violência escolar é discutida como um componente do processo educacional que só pode ser possível no interior do sistema escolar.


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