Última modificación: 2018-01-16
Resumen
Neste trabalho, procuramos compreender como foi construída a noção contemporânea de juventude, tomando para isso, uma perspectiva que acompanhe a criação e flutuação do conceito, histórica e territorialmente. Karl Manheim (1968, 72, 82), foi responsável pela “inauguração” de uma “Sociologia da Juventude”. Outros autores importantes como Hobsbawn (1995) e Freire (1983) foram utilizados já que apontam, sob diferentes óticas, contextos históricos e condições sociais, que pesaram nas movimentações que o lugar ocupado pela juventude e o conceito sofreram no século passado.
Ianni (1962) e Foracchi (1962, 72) são autores citados na ancoragem do conceito e no estabelecimento de produção sobre o tema no Brasil, já Sposito e Carrano (2003) e Novaes (2013), trazem luz às últimas décadas e a situação atual das políticas e da condição juvenil no Brasil.
Não se desejou portanto, tomar o debate a partir do ponto em que os jovens passam a ser reconhecidos (por importantes setores da academia e dos governos) como Sujeitos de Direitos, busca-se compreender como, primeiro, os jovens tornaram-se atores dos processos sociais, segundo, que camadas sociais e realidades estava se englobando na categoria juventude nos diferentes períodos e, por último, quais foram as etapas desse processo até o momento mais atual.
O presente levantamento desta trajetória do conceito de juventude e dos estudos sobre tema, passando por sua ancoragem no Brasil e vindo até os dias atuais, tem o objetivo de contextualizar o processo que passou pela eclosão das políticas públicas específicas para juventude, e que hoje culmina com a atual disputa pela busca da inscrição efetiva dos jovens (todos) como “Sujeitos de Direitos”.